quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Um Escritor na Biblioteca



Programa enriquecedor. Coisa boa é pra ser divulgada. Esses dias eu encontrei na TV esse programa
Um Escritor na Biblioteca é uma parceria da emissora E-Paraná com a Biblioteca Pública do Paraná (BPP) que está realizando encontros com escritores de projeção nacional, para contarem um pouco de sua história. Ao longo de 2011, nove escritores participam do evento. Os bate-papos são abertos ao público e posteriormente exibidos pela TV E-Paraná. Já foram realizadas entrevistas com Cristovão Tezza e com a escritora Elvira Vigna. Ainda estão previstas conversas com Luiz Ruffato, Antônio Torres, Marçal Aquino, Reinaldo Moraes, Sérgio Sant'anna, Tony Bellotto e Milton Hatoum.
Venha participar destes encontros na Biblioteca Publica do Paraná

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

José Mindlin - Entrevista



Um prédio está sendo construído especialmente para abrigar uma parte que Mindlin doou para a USP de sua vasta biblioteca. Um pedaço considerável de uma coleção particular, construída ao longo de toda uma vida, em breve se tornará público. Seus herdeiros concordaram plenamente: filhos, netos e bisnetos de um amante dos livros, eles têm suas próprias bibliotecas.
Por Simone Pallone
10/11/2008
Dizer que se gosta de livros ou literatura é muito pouco para José Ephin Mindlin, bibliófilo, advogado, empresário, membro da Academia Brasileira de Letras, sem contar suas aventuras como jornalista, editor e livreiro. Aos 94 anos, sua paixão pelos livros não é menor do que a que tinha aos 13, e que o levou a colecioná-los, principalmente obras raras. Sua biblioteca contém hoje mais de 35 mil títulos, obtidos após muita peregrinação por sebos do mundo inteiro, aquisições em leilões, trocas e alguns presentes. Com um problema de visão que o impede de ler, Mindlin tem se dedicado com mais afinco a escrever, e vai lançar, no início de 2009, seu quarto livro, Paixão por livros, pela Ediouro. Em uma conversa com a revista ComCiência, José Mindlin conta um pouco sobre sua vida entre os livros e sugere medidas para estimular a leitura no Brasil.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Infohome

Acesse o site Infohome.


Link: http://www.ofaj.com.br/colunas.php

PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO - EaD



Os Cursos atendem às exigências da Resolução CNE/CES nº 01, de 8 de junho de 2007 e do Decreto Federal nº 5.622 de 2 de dezembro de 2005.

É autorizado pelo Ministério da Educação-MEC, pela Portaria nº 1.663/2006, com validade em todo o território nacional.

Cursos de: Gestão de Bibliotecas Escolares, Gestão de Bibliotecas Públicas, Gestão de documentos e Informações - Teoria e Prática Arquivística e MBA em Gestão do Conhecimento.

Acesse: http://www.wpos.com.br/pos-graduacao/ciencia-da-informacao/ead/38.html

terça-feira, 15 de maio de 2012

COMPARAÇÃO NBR 14724:2011 COM NBR 14724:2005


NBR 14724:2011
NBR 14724:2005
Estrutura do trabalho acadêmico
Parte externa:
·         Capa (obrigatório)
·         Lombada (opcional)
Parte interna:
·         Elementos pré-textuais
o   Folha de rosto (obrigatório)
o   Errata (opcional)
o   Folha de aprovação (obrigatório)
o   Dedicatória (opcional)
o   Agradecimentos (opcional)
o   Epígrafe (opcional)
o   Resumo na língua vernácula (obrigatório)
o   Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
o   Lista de ilustrações (opcional)
o   Lista de tabelas (opcional)
o   Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
o   Lista de símbolos (opcional)
o   Sumário (obrigatório
·         Elementos textuais
o   Introdução, desenvolvimento, conclusão. A nomenclatura destes elementos fica a critério do autor.
·         Elementos pós-textuais
o   Referências (obrigatório)
o   Glossário (opcional)
o   Apêndice (opcional)
o   Anexo (opcional)
o   Índice (opcional)
·         Elementos pré-textuais
o   Capa (obrigatório)
o   Lombada (opcional)
o   Folha de rosto (obrigatório)
o   Errata (opcional)
o   Folha de aprovação (obrigatório)
o   Dedicatória (opcional)
o   Agradecimentos (opcional)
o   Epígrafe (opcional)
o   Resumo na língua vernácula (obrigatório)
o   Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
o   Lista de ilustrações (opcional)
o   Lista de tabelas (opcional)
o   Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
o   Lista de símbolos (opcional)
o   Sumário (obrigatório
·         Elementos textuais
o   Introdução, desenvolvimento, conclusão. A nomenclatura destes elementos fica a critério do autor.
·         Elementos pós-textuais
o   Referências (obrigatório)
o   Glossário (opcional)
o   Apêndice (opcional)
o   Anexo (opcional)
o   Índice (opcional)
Capa
Composta de:
a)      nome da instituição (opcional);
b)      nome do autor;
c)       título;
d)      subtítulo, se houver; precedido de dois pontos.
e)      número de volumes  - quando houver mais de um, sendo que cada capa deve especificar seu volume
f)       local (cidade) da instituição.
Nota: no caso de cidades homônimas, recomenda-se o acréscimo da sigla do estado.
g)      ano de entrega
Composta de:
a)      nome da instituição (opcional);
b)      nome do autor;
c)       título;
d)      subtítulo, se houver;
e)      número de volumes  - quando houver mais de um, sendo que cada capa deve especificar seu volume
f)       local (cidade) da instituição
g)      ano de entrega
Epígrafe
Continua sendo elemento opcional, entretanto, deve ser elaborada conforme NBR 10520.
Elemento opcional.
Formato
Somente os elementos pré-textuais são digitados exclusivamente no anverso da folha, com exceção da ficha catalográfica que deve vir no verso da folha de rosto.
Recomenda-se que os elementos textuais e pós-textuais sejam digitados no anverso e verso das folhas.
Todo o texto é digitado no anverso das folhas, exceto a ficha catalográfica que é digitada no verso da folha de rosto.
Paginação
Quando o trabalho for digitado usando o anverso e verso das folhas, a numeração deve ser colocada, no caso do anverso, no canto superior direito e, no caso do verso, no canto superior esquerdo.
A numeração é colocada no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha.
Indicativos de seção
Os títulos de seções primárias devem começar em página ímpar (anverso).
Os títulos das seções primárias devem começar em nova página.
Notas de rodapé
Devem ser separadas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 5 cm.
Devem ser separadas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda.
Margem
Para o anverso: esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm.
Para o verso: direita e superior de 3 cm; esquerda e inferior de 2 cm.
Esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm.




REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS . NBR 14724:2005 – Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2005.


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS . NBR 14724:2011 – Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2011

segunda-feira, 14 de maio de 2012

FHC é premiado nos Estados Unidos

Ex-presidente brasileiro recebeu prêmio de US$ 1 milhão da biblioteca do Congresso norte-americano

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de 80 anos, foi escolhido pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos para receber o Prêmio John W. Kluge, no valor de US$ 1 milhão. Ele foi escolhido pelo conjunto de sua obra acadêmica, por sua vida pública e pela contribuição social no período em que governou o Brasil. O Prêmio Kluge, como é conhecido, será entregue no dia 10 de julho, em Washington, capital norte-americana.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

SciELO Livros: biblioteca digital reúne mais de 200 obras

Fonte: Reprodução site oficial.
Quer ler obras completas e totalmente grátis no seu computador ou eReader? A nova plataforma SciELO Livros, mantida pela Biblioteca Científica Eletrônica Online (SciELO, sigla em inglês) em parceria com as editoras Fiocruz, Unesp e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Ao todo, são 246 livros disponibilizados em PDF ou EPUB, um formato específico, livre e aberto para e-books desenvolvido e mantido pela International Digital Publishing Forum (IDPF). O uso do EPUB permite adaptar e otimizar a apresentação de um conteúdo eletrônico em diferentes dispositivos de saída utilizados por um leitor desse formato (eReader).

A distribuição dos livros segue as regras do Open Publication Distribuition System (OPDS), uma aplicação do Atom Syndication Format que permite distribuir livros digitais através de um formato de catálogo simples. Catálogos OPDS permitem agregar, distribuir, descobrir e adquirir publicações eletrônicas e foi projetado para funcionar alternadamente em vários programas de desktops e dispositivos.

Para conferir todas as obras e baixá-las, acesse o site http://books.scielo.org.

sábado, 7 de abril de 2012

Sobre os perigos da leitura

Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento.

Marcelo Zocchio



Será que a leitura dos jornais nos torna estúpidos?

O nome não me era estranho. Eu já o vira de relance em algum jornal ou revista. Mas não me interessei. Aquele nome, para mim, não passava de um bolso vazio. Eu não tinha a menor idéia do que havia dentro dele. Sou seletivo em minhas leituras. Leio gastronomicamente. Diante de jornais e revistas eu me comporto da mesma forma como me comporto diante de uma mesa de bufê: provo, rejeito muito, escolho poucas coisas. Concordo com Zaratustra: “Mastigar e digerir tudo - essa é uma maneira suína.“


Aquele bolso devia estar cheio de coisas dignas de serem comidas – caso contrário não teria sido oferecido como banquete nas páginas amarelas da VEJA. Mas eu não comi. Aí um amigo me enviou via e-mail cópia de uma crônica do Arnaldo Jabor, a propósito do dito nome – crônica que eu li e gostei: sou amante de pimentas e jilós.

Senti-me parecido com o Mr. Gardner, do filme “Muito além do jardim“, com Peter Sellers. Mr. Gardner jamais lia jornais e revistas. Aproximei-me então da minha assessora e lhe perguntei, envergonhado, temeroso de que ela tivesse visto o dito filme, e me identificasse com o Mr. Gardner. “Natália, quem é Adriane Galisteu?“ Esse era o nome do bolso vazio. Ela deu uma risadinha e me explicou. À medida em que ela

Ganhei coragem



“Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece“, observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo. Albert Camus, ledor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora quando a coragem chega: “Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos“. Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem. Vou dizer aquilo sobre que me calei: “O povo unido jamais será vencido“: é disso que eu tenho medo.

sábado, 31 de março de 2012

Dicas Sebrae: saiba como abrir uma loja de aluguel de livros

Uma oportunidade para aquele que não tem condições de comprar, poder ler uma quantidade indeterminada de livros mediante o pagamento de uma mensalidade.
Por Maiara Cruz
(Essa prática existe na Europa desde o século XVIII, o Século das Luzes)


Devido ao preço alto dos livros no Brasil a maior parte da população não tem costume de ler, nem de comprá-los. O mercado das livrarias se torna limitado, por isso qualquer forma de atrair o cliente é bem-vinda, inclusive permitir que ele leia os livros sem comprá-los. Mas para muitos o grande prazer da leitura está em poder levá-los pra casa, para ler deitado numa rede ou sentado no sofá. Então porque não montar um serviço de aluguel de livros?

segunda-feira, 26 de março de 2012

WISEMAN, Richard. Esquisitologia: a estranha Psicologia da vida cotidiana. Rio de Janeiro: bestSeller, 2008. 332p.

“Quando se está ao lado de uma mulher bonita, uma hora parece um minuto; quando se esta sentado sobre um fogão aceso, um minuto parece uma hora – isso é relatividade” (EINSTEIN apud WISEMAN, 2008, p. 15).
O termo dinossauro foi utilizado a primeira vez em uma assembleia (1841) da BAAS (Associação Britânica pelo Progresso da Ciência).
Ver assassino John Gacy – se vestia de palhaço.
“Não é necessário que a Astrologia e a Grafologia sejam precisas para serem vistas como precisas. Pelo contrario, basta fornecer às pessoas uma descrição muito genérica de sua personalidade e o cérebro delas as levara a acreditar que aquilo é reveladora” (p. 36).

quarta-feira, 14 de março de 2012

Organização e Recuperação da Informação no Século XXI

Local: Auditório do Anexo I do Palácio do Planalto. Dia 12 março de 2012.
Segue abaixo vídeo da Palestra transmitido pelo canal NBR.

Organização e Recuperação da Informação no Século XXI - parte 1/2


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ONFRAY, Michel. Tratado de Ateologia: física da metafísica. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.214p. ISBN: 978-85-60156-35-1

ONFRAY, Michel. Tratado de Ateologia: física da metafísica. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.214p. ISBN: 978-85-60156-35-1





“O ateísmo não é uma terapia mas uma saúde mental recuperada” (p. XXI).
“Deus não criou o mundo; aliás o mundo nunca foi criado; a alma é mortal... ” Cristóvão Ferreira – A fraude revelada apud Onfraiy. (p.18)
“Essa crença m alguma coisa gera uma superstição vivaz que explica que, à falta de outra, o europeu aceita a religião dominante – de seu rei, de sua ama-de-leite escreve Descartes... do país em que ele nasce” (p. 33)
“Não há nenhuma necessidade de ameaças de um inferno ou de seduzir com um com um paraíso, inútil erigir uma ontologia da recompensa e da punição post mortem para convidar à ação boa, justa e reta” (p. 45)
Na pagina 53 e 54 interessante sobre proibições das religiões monoteístas.
“Deus não se contentou uma vez em impedir de comer o fruto proibido, a partir desse dia, ele só se manifesta por proibições” (p.55).
Islan = Submissão (p. 56).
“Maomé não escreveu o Corão – este apareceu 25 anos após sua morte” (Maomé era analfabeto)
Capitulo interessante – ódio à ciência – p. 66.67
Proibições das mulheres – p. 88
“Nas ruas de Alexandria, Hipácia, a neoplatônica, experimenta o amor ao próximo dos cristãos: perseguida, assassinada, despedaçada por monges, seu cadáver é arrastado pela rua e seus restos são calcinados...” (p. 125)
“Toda teocracia torna impossível à democracia” (p. 151)
“O convertido não se contenta com uma terra prometida roubada dos cananeus, quer todo o planeta sob o signo de um cristo de espada” (p. 154)
“Para um cristão difícil amar ao próximo, sobretudo quando é judeu...” (p. 155)
“Jesus ensina q eu os judeus tem o diabo como pai” (Jo VIII, 44) (p. 156)
“Pio XII e Hitler compartilhou a aversão aos judeus (p. 156)
“A igreja católica nunca se arrependerá de nada – uma vez que oficialmente ela não reconhece nada...” (p. 158)
“A obra ‘minha luta’ escrita por Hitler em 1924 nunca foi colocada no índice do vaticano (livros proibidos) mais o tal index Librorum Prohibitorum tinha o Grande Dicionário Universal de Pierre Larousse e outros autores como Henri Bergson, André Gide, Simone de Beauvoir e Jena-Paul Sartre” (p. 159)
Em 16 de agosto de 1945 foi lançada a bomba sobre Hiroxima, causando a morte de cem mil pessoas em alguns segundos. Mulheres, crianças, velhos, inocentes cuja única culpa foi a de serem japoneses. O padre Georges Zabelka teve o cuidado de abençoar a tripulação do Enola Gay antes de sua missão funesta. (p. 164)
“A teocracia é a inimiga mais terrível da democracia, anteontem em Paris antes de 1789, ontem em Teerã em 1978, e hoje cada vez que a Al-Qaeda dá voz à pólvora” (p. 176)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Umberto Eco: "O excesso de informação provoca amnésia"

O escritor italiano diz que a internet é perigosa para o ignorante e útil para o sábio porque ela não filtra o conhecimento e congestiona a memória do usuário
LUÍS ANTÔNIO GIRON, DE MILÃO

PROFESSOR
O pensador e romancista italiano Umberto Eco completa 80 anos nesta semana. Ele está escrevendo sua autobiografia intelectual
(Foto: Eric Fougere/VIP Images/Corbis)


O escritor e semiólogo Umberto Eco vive com sua mulher em um apartamento duplo no segundo e terceiro andar de um prédio antigo, de frente para o palácio Sforzesco, o mais vistoso ponto turístico de Milão. É como se Alice Munro morasse defronte à Canadian Tower em Toronto, Hakuri Murakami instalasse sua casa no sopé do monte Fuji, ou então Paulo Coelho mantivesse uma mansão na Urca, à sombra do Pão de Açúcar. "Acordo todo dia com a Renascença", diz Eco, referindo-se à enorme fortificação do século XV. O castelo deve

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Gonçalves Dias – o martir




O imortal cantor dos Timbiras, o ineigne libertador da literatura patria foi um martir.
Ainda nnai balbuciava as primeiras palavras, qando sentiu a primeira dor.
Seu “Pae”, procurando escapar às perseguições que naquele tempo lhe moviam em Caxias, partiu para a Europa, abandonando-o.
Ao voltar poucos anos depois, cazou-se com outra mulher. Viu-se, entao, o pequenino separado daquela que lhe dera o ser, ficando num triste berço, entregue aos cuidados de maos estrenhas, sem o beijo dos mais doces labios, sem o calor do mais santo colo – o colo e os labios da mae.
É certamente desse berço sem caricias que ele diz mais tarde:
“... Antes meu berço
Que vajidos do infante vivedouro
Os sons finaes de um morinbunbdo ouvisse”.

Criança, entrando a praticar na loja de seu pai,era ai, ,maltratado pelo dezapiedado caixeiro que, á força de palmatoria, o queria fazer compreender os complicados calculos do balcão.
Aos quatorze anos apenas, sogreu a grande desgraça de morrer-lhe o pai. E ele que já havia enveredado pelo caminho das letras, veria perdida todas as suas esperanças, se não fora a alma boa e generoza de sua madrasta que o mandou estudar em Coimbra.
Lá, vivendo despreocupadamente, sentindo apenas as saudades da
“... Terra que o sol calido vigora
E em frouxa languidez estende os nervos...”, achou-se inesperadamente a braços com a mizeria devido à suspensão da mezada que lhe mandava a madrasta.
Em pleno florescer da mocidade, enamorou-se de uma “formosa filha de Modengo”, e ele e ela, impulsionados pelo mesmo sentimento, com o ardor proprio da carne nessa bela quadra de vida, ele e ela se amoram apaixonadamente. E desta vez, a sorte ainda foi adversa ao poeta: pobre, sem recursos pecuniarios, não pode despozar a sua “doce imajem” que tinha o suspiro.
“Mais saudoso que as auras encantadas”.
Quando foi para obter o pergaminho de bacharel, vio se obrigado, pela falta de dinheiro, empenhar a sua mimoza biblioteca que não poude mais rehaver.
Quis o poeta vizitar a formosa Caxias, abraçar a sua querida mae, rever os lugares onde passara a infancia.
Chegado á terra que tanto amava, em vez de receber manifestações carinhosas, teve filho bastardo, que sofrer os apodos e preconceitos de uma sociedade ignara.
Desprezado pro aqueles que o deviam acariciar, parte para o Rio de Janeiro em busca de meio mais civilizado.
Ai dobrou o martirio do poeta: alem das dores moraes que continuamente sofria, começou a depauparar-se o seu organismo.
Em um desses momentos em que, de uma só vez, lhe deram alanceados corpo e alma escreveu:
“Meu Deus, Senhor meu Deus, o que há no mundo
Que não seja sofrer?
O homem nasce e vive num só instante,
E sofre até morrer!”

E, em verdade, a vida do poeta na patria, no estranjeiro por onde andou varias vezes, foi toda ella, do berço ao tumulo, uma cadeia de dores!
Ainda nos ultios instantes da vida, no naufragio da barca em que viajava enfraquecido pelo seu sofrimento fisico que o tolhia de procurar a salvacao, desprezado pelos de bordo, o mar, pouco a pouco, asfixiando-o, alem da agonia da morte, sofria outra dor, a mais cruel, mais punjente, mais lancenante, a dor de morrer bem perto da terra querida sem poder ouvir o canto do sabiá nos leques da palmeira!
Permite, pois, ó poeta, tu, “Que foste grande na dor como na lira”, que eu deponha, aqui, o meu modesto, mas sincero preito de hoiemnagem.

Mata Roma.
Do Instrituto Gomes de Souza
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